É comum ler alguém da ~blogosfera de finanças~ dizer que foi taxado de muquirana, pão duro ou mão de vaca pelas pessoas de seu convívio. O engraçado é que acredito que ninguém tenha me chamado disso uma vez na vida. Não pela minha frente, hehe.
Quem me chama de canguinha é minha mãe, mas ela tem hábitos de (des)economia bem diferentes do meus, então não sei se dá pra levar muito em consideração.
Ela se incomoda porque me acha muito limitadora (se não tenho, não compro, simples assim). Eu me incomodo porque a acho perdulária, ela faz provisões mentais ao longo do mês e ao final é sempre uma surpresa (negativa) e nunca sobra dinheiro de um mês para o outro. Investimento? Não faz parte do vocabulário.
Mas também não posso reclamar, no fim das contas ela sempre acaba me proporcionando experiências e diversas outras coisas justamente por todo esse desapego que tem pelo dinheiro. Somos diferentes, apesar de termos os mesmos valores: gostamos das coisas boas e de proporcionar bons momentos a quem amamos. A diferença é que sou fã de planejamento e menos emocionada, consigo segurar a onda e escolher onde acho mais importante usar o dinheiro; já, ela, acha todos os momentos e eventos importantes e muitas vezes não consegue se articular para situações mais onerosas ou que precisam de um pouco de organização.
Diferenças.
Já apontei muito o dedo dizendo quem estava certa ou errada, mas a verdade é que não vivo a vida de ninguém e não sei os gatilhos emocionais que as finanças atingem em cada pessoa. Aprendi a respeitar o processo de cada uma e também nem insisto mais em auxiliar, indicar ou sugerir qualquer comportamento financeiro. Eu mesma ainda tenho tanto a aprender. Volta e meia acabo mudando de ideia sobre uma verdade que tinha. E está tudo bem.
Só não está bem me chamarem de mão de vaca por não ter a mesma prioridade ao gastar dinheiro.
As diferenças se refletem nas escolhas.